Mais velhos, mais alienados: população brasileira envelhecendo e a rejeição do mercado
Experiente ou antiquado? Essa é a pergunta do mercado, mas veja só os desafios para a busca de emprego depois dos 50 anos.
O envelhecimento da população brasileira é uma realidade incontestável e traz consigo desafios e oportunidades que impactam diretamente o mercado de trabalho. Até 2030, o Brasil será o quinto país do mundo com a maior população idosa, de acordo com dados do IBGE. Contudo, surge uma preocupação significativa relacionada à discriminação por idade no ambiente profissional. Este artigo abordará a necessidade de enfrentar o etarismo no mercado de trabalho e como os empreendedores podem transformar esse desafio em uma vantagem estratégica para os negócios.
Desafios Legais e Éticos
Apesar das leis brasileiras garantirem a igualdade de tratamento a todas as pessoas, independentemente da idade, a advogada Daniele Esmanhotto Duarte destaca que o preconceito e a discriminação em relação aos trabalhadores com 50 anos ou mais ainda persistem. Empregadores que dificultam ou impedem o ingresso ou a manutenção no trabalho de pessoas mais velhas podem enfrentar consequências legais, incluindo a nulidade de atos discriminatórios e indenizações por danos morais.
Oportunidades Estratégicas para Empreendedores
Daniele Esmanhotto ressalta que o desafio do etarismo vai além de uma questão social e se torna uma oportunidade estratégica para as empresas. Com a presença de três gerações distintas no ambiente de trabalho, as organizações têm a chance de capitalizar a diversidade geracional. A contratação e manutenção de profissionais com 50 anos ou mais são vistas como estratégicas devido às competências únicas associadas a essa faixa etária.
Entre essas competências destacam-se o comprometimento, a inteligência emocional, a experiência e habilidades de comunicação apuradas. Profissionais maduros contribuem para a construção de uma cultura corporativa sólida, reduzem a rotatividade e oferecem uma perspectiva valiosa na tomada de decisões.
Boas Práticas Empresariais
Para evitar problemas relacionados ao etarismo, a advogada sugere a implementação de boas práticas empresariais. Isso inclui a revisão dos processos de recrutamento e seleção, retirando filtros como idade, e o treinamento de recrutadores para evitar preconceitos etários. Além disso, a criação de políticas antiestatismo, por meio de palestras, manuais e treinamentos, contribui para criar um ambiente de trabalho inclusivo e produtivo.
Seja você a mudança
Em um cenário onde a diversidade geracional se torna um ativo estratégico, empreendedores têm a oportunidade de liderar a mudança e transformar desafios em vantagens competitivas. Ao adotar práticas inclusivas e promover uma cultura empresarial baseada no respeito e na não discriminação, as empresas estarão preparadas para enfrentar as mudanças demográficas e se destacar no mercado de trabalho do futuro. O combate ao etarismo não apenas atende aos princípios éticos, mas também contribui para a construção de ambientes de trabalho mais inovadores e produtivos.
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