Home Office para redes franqueadoras – NA PRÁTICA.
A Revista Franquia & Global Opportunities fez um levantamento junto a algumas redes franqueadoras de vários segmentos de negócios, e mais de 40% dos perguntados afirmaram que vão adotar o sistema de trabalho remoto, definitivamente. Algumas redes já usavam essa modalidade para alguns postos de trabalho, mas a grande maioria só aderiu por causa da pandemia.
O resultado dessa experiência foi positivo e muitas redes vão manter o sistema remoto como padrão para toda a equipe. Para Laura Lopez, franqueadora da rede Turquesa Esmalteria & Beleza, a opção pelo trabalho remoto é um caminho sem volta. “Trabalharemos apenas dois dias presenciais, a equipe passou a trabalhar em home office e quando apuramos os custos, vimos que não justificamanter todo mundo junto todos os dias”.
E, ela comemora, “vamos manter nossa sede somente para reuniões com clientes e treinamentos. Ter o nosso espaço é mais ‘friendly’ do que optar por espaços compartilhados para receber clientes, ao menos é assim que isso nos parece, agora. E, em relação à equipe, nunca tínhamos pensado em aderir ao home office como formato de trabalho antes, isso passou a ser realidade só quando experimentamos por imposição da situação, e vimos a eficácia, porque, na verdade, eu sou partidária do contato humano. Mas, os benefícios foram maiores. São quase $40mil de economia por ano, e produtividade maior”.
Fábio Marques Júnior, franqueador da rede Detroit Steakhouse aponta que “os pontos positivos do sistema home office são o de proporcionar grande economia em relação a custos fixos de aluguel, energia, água e manutenção de escritório. Isso pode fazer com que a opção seja por um espaço bem menor. O ponto negativo, no começo, é a necessidade de adaptar a equipe para essa nova realidade que alguns não estavam acostumados. Isso é uma realidade. Mas, a qualidade de vida do funcionário é melhor: ele não perde tempo com idas e vindas diárias, por exemplo. Já adotamos”.
Sérgio Marcondes Lopes, CEO da Linked, sistema e plataforma de serviços desenhada para o segmento de alimentação, conta que sempre procurou manter o modelo de trabalho desmaterializado, de maneira a poder atender o Brasil inteiro a partir do escritório central.
Com o início da pandemia, e com a necessidade de isolamento social, todos migraram para o home office em meados de março, com a dúvida sobre como enfrentariam eventuais dificuldades. “Para nossa surpresa, esse modelo de trabalho se mostrou muito eficiente para nós. Enfrentamos alguns desafios iniciais, mas rapidamente organizamos processos e rituais para atendê-los, e hoje, quase cinco meses depois, formalizamos a Linked como empresa de trabalho remoto (teletrabalho) de maneira definitiva, afirma.
Para isso, conforme o empresário, organizaram a empresa em 3 grupos – N1, N2e N3, e cada grupo tem seu ritual. Todas as metas são diárias e reuniões de time todo início e final de dia, para manter alinhamento muito próximo. “Já havíamos cogitado o home office, mas nunca tivemos coragem de enfrentar esse cenário. A pandemia foi o gatilho para testarmos e aprovarmos essemodelo que é muito adequado para nossa empresa. A Linked ficou muito mais produtiva assim, com resultados melhores e eficiência clara nos processos e operações.
Tivemos um melhor aproveitamento do tempo e maior proximidade com os times (por incrível que pareça). Desvantagens, até agora, na forma de desafios, é a integração entre áreas distintas (que chamamos aqui de N2), que demanda mais disciplina e boa vontade.
Sérgio também comemora a economia que o sistema trouxe, “foi algo em torno de 12% dos custos da empresa, mas o que conta muito é a eficiência que o sistema trouxe em todas as áreas da empresa. A Linked bateu todos os recordes de vendas, instalação, franquias e qualidade de atendimento. Números que superaram, em quatro meses, os que vínhamos aferindo nos quatro anos de vida da Linked.