Gestão de riscos: 9 situações para um monitoramento constante
Caro leitor, talvez você esteja se questionando se não é um exagero pensar em uma gestão de riscos mais apurada, uma vez que a sua empresa talvez não tenha ainda atingido a robustez necessária para esse tipo de cuidado.
É possível também que você lance o argumento de que o seu negócio é tão bem posicionado e único, que uma gestão clássica de riscos pode simplesmente não fazer sentido.
Para as duas sentenças, uma única resposta: Robustez econômica não é reflexo apenas de força mercadológica e eficiência, mas sobretudo da certeza praticada no dia a dia de que os solavancos empresariais não escolhem atacar por porte, diferenciação ou solidez, mas na maioria das vezes por descuido. E para complementar, é bom que se saiba que independentemente das particularidades dos empreendimentos, existe sempre um conjunto de riscos que atuam de forma atemporal, e ainda intocáveis pela evolução tecnológica ou das práticas de gestão.
Para destacar, coloco abaixo uma lista para manter sempre sobre vigilância.
1. Intervencionismo estatal. É sempre uma má notícia. Não se trata de esperar operar sem nenhuma regulamentação, mas o excesso dela pode matar a operação;
2. Gestão esquizofrênica. Não permita que se instale na sua empresa um modelo de gerenciamento desprovido de objetividade e razão. Não sugiro se transformarem em um quartel, mas viajar demais na maionese com modismos e outros inventos bobinhos geralmente nos colocam em rotas se resultados. E para piorar consomem tempo e dinheiro;
3. Confundir custeio com investimento. Se a despesa está relacionada ao cotidiano e manutenção da operação, independentemente do que quer que seja, encare como custeio, que sempre precisa estar sujeito a cortes (sim a vida é dura mesmo), mas caso se trate de um gasto que vigoroso impacto estrutural, com data para se encerrar e sobre o qual se espera resultados, então você está diante do investimento. Confundi-los pode ser fatal ao seu fluxo de caixa, mas será pior para a avaliação do seu negócio e para a gestão das expectativas.
4. Regulatório. Conheça a regulamentação do setor onde está inserido, ousar deixa-la de lado pode ser o início da abertura do seu buraco;
5. Tributário. Jamais caia no conto do vigário de se financiar não pagando impostos;
6. Financiamento. Não sendo um financiamento estruturado ou subsidiado, evite a todo custo entrar no financiamento do capital de giro (ou em produtos assemelhados), eles podem detonar a seu empreendimento se 10% do suoper resultado esperado não acontecer;
7. Excesso de otimismo. Saiba sempre que sonhos foram feitos para serem perseguidos, e muitos estão a espera de serem realmente alcançados, mas isso não quer dizer que muito provavelmente você não levará muito mais tempo do que planejou para chegar lá, e muito menos significa que as dificuldades esperadas serão com certeza muito maiores do que a expectativa inicial anunciou.
8. Contratação. Construa uma equipe competente com paciência, eles são os recursos mais importantes que você tem. Não caia em performances vazias e nem acredite em teatrinhos repletos de frases feitas e conceitos previsíveis retirados de algum manual. Contrate gente competente, verdadeira, séria e de carne e osso.
9. Planejamento e seus prazos. Elemento fundamental para uma gestão competente, devem ser levados a sério, contudo nunca superestimados. Mantenha sempre acesso o seu senso crítico, inclusive diante das premissas que você mesmo criou.
Muito sucesso e até o próximo
Por: Gustavo Chierighini, fundador da Plataforma Brasil Editorial
Este artigo é patrocinado pela Plataforma Brasil, uma butique especializada em projetos de investimentos e estruturações estratégicas.