Energia Solar atrai mais de R$21 bilhões em investimentos em 2021

Em 2021, o segmento atraiu mais de R$ 21,8 bilhões em investimentos e cresceu 65% em potência operacional instalada no País na comparação com o ano anterior

*Por Celso Ming – Estadão

Como apontam as estatísticas da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, a energia solar atraiu investimentos de quase R$ 22 bilhões somente em 2021. Desde 2012, a fonte solar já movimentou mais de R$ 66,3 bilhões em novos investimentos no Brasil. Desses, cerca de R$ 24 bilhões foram direcionados para usinas de grande porte. Já na geração distribuída, onde o País possui mais de 720 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, os investimentos acumulados ultrapassam os R$ 42,4 bilhões.

E os números tendem a crescer, mesmo com o fim gradual dos subsídios que estimulam o uso dessa energia.“Apesar dos avanços, ainda não estamos numa posição que reflita o potencial que a energia solar tem no Brasil. Em comparação com outras fontes renováveis, como a geração de energia hidrelétrica e a partir da biomassa, o Brasil ocupa a 2ª posição no ranking mundial e na geração eólica, a 7ª colocação, mas na solar não somos referência ainda, ocupamos apenas a 14ª posição no ranking mundial de geração desse tipo de energia ”, observa Rodrigo Sauaia, presidente da Absolar.

Sauaia reforça que a energia solar continua sendo uma das fontes mais competitivas entre as fontes renováveis, com preços médios abaixo dos US$ 30,90/MWh, por este motivo o País precisa continuar desenvolvendo estratégias para que a energia solar faça parte do planejamento energético brasileiro e que sejam criadas políticas públicas para facilitar o acesso à tecnologia e democratizar o uso da energia solar para todas as faixas econômicas.

O presidente sancionou nesta sexta-feira o marco legal da geração própria de energia, que limita até 2045 a isenção de encargos para os que já possuem sistemas fotovoltaicos e os que solicitarem o serviço até 12 meses após a sanção da lei e impõe cobranças gradativas, a partir de 2023, para os consumidores que instalarem o sistema.

Hoje, os usuários que produzem a própria energia não pagam alguns encargos, como a utilização da rede e tarifas por distribuição. Pela nova lei, as distribuidoras serão compensadas mensalmente por essas despesas e os consumidores atendidos pelas distribuidoras vão pagar parte dos encargos na própria conta de luz. O repasse das tarifas associadas à energia elétrica para geração distribuída começa, a partir de 2023, em 15% do total dessas vantagens.

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