Para não perder dinheiro, lide com as emoções
Caro leitor, tocar um negócio, erguer uma operação, ou mesmo assumir responsabilidades pesadas no mundo empresarial (que muitos pagariam para não ter de assumir) não são, e jamais serão, tarefas para qualquer cidadão.
Ser relevante pode sair caro.
Stress, desgaste emocional e eventuais desequilíbrios biológicos, são rotineiramente enfrentados por aqueles que decidiram se destacar na multidão e construir algo com o mínimo de relevo.
Mas já que você não quer a insignificância, terá que domar o seu emocional.
Ao longo do caminho, ou aprendemos a lidar com essas consequências ou morrermos (sim literalmente) mais cedo, e nessa dinâmica, o nosso perfil emocional oferece impacto direto.
Não seja temperamental
Neste caso, o impacto vem de dentro. Ou seja, o influenciador é você mesmo. As suas próprias inquietações.
Quer alguns motivos para resistir, e adotar outra atitude?
Vamos lá:
1. O temperamental é imprevisível.
O mesmo problema apresentado em um dia e que resultou em ataques de fúria, pode ser tratado com naturalidade uma semana depois;
2. Equipes lideradas por temperamentais não disponibilizam todo o seu potencial.
Entre cair de cabeça com comprometimento apaixonado e focar na boa condução do relacionamento com o chefe difícil, certamente a última será a prioridade;
3. O resultado do gerenciamento temperamental é a ineficiência.
Cria-se um teatro onde o objetivo central é evitar atritos e brigas desmedidas;
4. Líderes temperamentais não escutam a verdade, e os problemas se acumulam sem solução;
5. Dificuldade na atração e retenção de talentos.
Estas pessoas são disputadas e não estão dispostas e aguentar chiliques e ataques passionais;
6. O perfil temperamental turva o julgamento.
Ele fatalmente conduzirá a decisões equivocadas.
Mas muitas vezes, o impacto pode vir de fora, provocado por gente que não conseguiu conter os “bichos” internos.
Lidar com gente difícil faz parte do jogo. Então, jogue.
Saiba. Esse ser complicado e de temperamento complexo surgirá na pessoa do seu chefe, do seu colaborador, sócio ou parceiro de negócios.
Não há como escapar.
O importante é compreender que no êxito produtivo destes relacionamentos que tem tudo para serem conturbados, muitas vezes reside o “pulo do gato” (confesso que eventualmente não consigo escapar dessas expressões feitas)
É a sociedade que poderia ser desfeita mas acaba por ser salva. O colaborador eficiente mas complicado que não se perde. As suas coronárias que ficam preservadas.
Trata-se portanto de um cuidado especialmente dirigido para lidar com características comuns em profissionais que estão, digamos, fora da curva.
Você deseja trabalhar com pessoas inteligentíssimas, muito eficientes ou extremamente criativas?
Pois é, ninguém é perfeito, e esse tipo de gente traz lá o seu ônus.
1. Antes de tudo saiba distinguir personalidades complexas e temperamentos difíceis de chatos e impertinentes.
O segundo caso merece o mínimo de tolerância (sim, não sou politicamente correto);
2. Tenha paciência e estabeleça diálogos construtivos.
Com isenção de posicionamento, respeito diante de argumentações discordantes e colocações bem estruturadas.
Isso tende a disciplinar relações intelectualmente agudas;
3. Não se engane, em alguns casos você terá de ceder.
Aprenda a fazer isso com o mínimo de prejuízo;
4. Não insista em discussões acaloradas, que rodam em círculo.
Caia fora enquanto é tempo, e retome o assunto em nova oportunidade.
Preferencialmente com exemplos concretos e argumentos ainda mais contundentes;
5. Não aceite provocações infantis.
(aqui não há mais nada a explorar);
6. Saiba apaziguar ânimos em momentos de grande tensão.
Faça cair a temperatura dos debates, para que a razão e o bom senso volte a imperar;
7. Esteja sempre preparado com uma boa estrutura de argumentos.
Foque em exemplos concretos e tudo aquilo que ajude a mensurar suas colocações
Por fim, é bom nos conscientizarmos de que o comportamento temperamental traz instabilidade, atingindo em cheio o relacionamento estratégico negocial com parceiros e aliados.
Sim, eles não querem se sujeitar a constantes mutações de humor.
E essa última consequência é suficiente para limitar os horizontes de negócios e iniciativas.
Até o próximo.
Por: Gustavo Chierighini, publisher da Plataforma Brasil Editorial
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