Nova série: #Empreendedorismo Consciente
A partir de hoje apresentaremos a vocês uma nova série sobre sustentabilidade empresarial com cases de empresas brasileiras que adotaram práticas mais humanizadas, conscientes, sustentáveis, éticas e inovadoras para inspirar novas formas de fazer negócio.
A empresa centenária que mudou da postura predatória nomeio-ambiente para a sustentabilidade e o maior vínculo com os recursos naturais; o banco que observa o sistema financeiro sob o aspecto social e posiciona, de verdade, o lucro dos clientes no topo da pirâmide; a marca de roupas que já doou 32 milhões de refeições – e esse número só aumenta a cada 15 segundos; a fazenda que produz orgânicos em larga escala e investe pesadamente em agricultura regenerativa.
Afinal, quais empresas e empresários brasileiros entenderam o novo capitalismo e estão inspirando novas práticas de fazer negócio? Para responder essa pergunta e ilustrar na prática como o setor privado está se reinventando para tornar o Brasil melhor,o Instituto Capitalismo Consciente Brasil (ICCB) lança o livro“Empreendedorismo Consciente – Como melhorar o mundo e ganhar dinheiro” (Editora Alta Books, 256 páginas). O objetivo do livro é instigar as lideranças a repensarem que tipo de capitalismo querem para o futuro.
“Devemos fazer do capitalismo um instrumento de geração e distribuição de riqueza. Obviamente, uma riqueza que não destrua o Planeta e que faça as pessoas felizes”, aponta Horácio Lafer Piva, presidente do conselho da Klabin, em um trecho do livro.
Com autoria do jornalista Rodrigo Caetano e do pesquisador Pedro Paro, o livro mostra como uma série de empreendedores brasileiros estão, de fato, reinventando a forma como os negócios lucrativos são feitos no país, seguindo os princípios do movimento global Capitalismo Consciente: propósito, cultura, liderança e orientação para stakeholders.
“Com o exemplo de casos reais, procuramos apresentar uma nova narrativa de futuro para a atividade empresarial e fazer um contraponto ao clima de desesperança que tomou conta do Brasil em decorrência da crise econômica e dos escândalos de corrupção evidenciados pela Operação Lava Jato”, explica Paro. “Mais do que histórias de empresas de sucesso, são histórias de vida que têm como proposta apresentar um novo rumo,ampliar as perspectivas sobre o mundo dos negócios e ajudar a consolidar um modelo atualizado de empreendedorismo.”, afirma Caetano.
A obra traz relatos de líderes de empresas que compartilham com o mundo práticas de negócio mais conscientes, humanizadas, inovadoras e sustentáveis, como Horácio Lafer Piva (Klabin), Rony Meisler (Reserva), Luis Fernando Porto (Unidas), Jorge Nishimura (Jacto), João Paulo Pereira (Natura), Patrícia Braile (Braile Biomédica), Miguel Krigsner (O Boticário), entre outros. É possível assistir trechos das entrevistas, por meio de QRs Code aplicados no livro ou no acesso ao site www.humanizadas.com
Para se chegar nas histórias compartilhadas no livro os autores partiram dos resultados levantados na primeira edição brasileira da Pesquisa “Empresas Humanizadas”, realizada pela Humanizadas, uma startup de impacto, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos e o Instituto Capitalismo Consciente Brasil.
“Ao contrário do que o senso comum pode pensar, Capitalismo e Consciência podem caminhar juntos. Estudos mostram que quanto mais consciente uma empresa, mais ela ganha dinheiro. É uma cadeia que beneficia todos os stakeholders e impacta a comunidade positivamente”, explica Dario Neto, diretor-geral do Instituto Capitalismo Consciente Brasil.
O trabalho de pesquisa iniciou em 2017. Durante 2 anos a equipe responsável pela Pesquisa “Empresas Humanizadas” mapeou 1.115 companhias brasileiras, que representam mais de 50% do PIB nacional, entre as quais foram identificadas 22 empresas mais humanizadas do país a partir da análise de 141 indicadores. Além dos múltiplos dados coletados e analisados, o trabalho contou com avaliações de consumidores e colaboradores e entrevistas com 2.436 stakeholders. A pesquisa indica também que as empresas identificadas como humanizadas têm mais lucro, são as preferidas dos consumidores e contam com colaboradores mais satisfeitos.
A metodologia utilizada foi inspirada na pesquisa realizada pelo indiano Raj Sisodia, da Babson College, um dos fundadores do movimento global Capitalismo Consciente, que identificou inicialmente 28 empresas humanizadas nos Estados Unidos. Hoje, o trabalho de doutorado do Pedro Paro realizou uma série de melhorias na abordagem, permitindo que a pesquisa possa abranger um número crescente de empresas, tanto no território nacional, quanto em outros países.