HOME OFFICE: O FUTURO É AGORA

E, assim, o futuro do trabalho, de uma hora pra outra precisou virar presente e a maioria das organizações não estavam prontas para a filosofia por trás do que sustenta o trabalho remoto, segundo Dario Neto, diretor geral do  Instituto Capitalismo Consciente Brasil (ICCB), instituição que incentiva práticas mais conscientes nas organizações: “Não nos preparamos enquanto organizações e líderes para confiar verdadeiramente nas pessoas, delegar a elas verdadeira autonomia nos domínios de suas funções e oferecer toda e qualquer informação necessária de modo transparente para o trabalho fluir sem travas.

A confiança é, de fato, um elemento essencial para organizações que buscam maior responsividade e adaptabilidade em um contexto global com tantas transformações sendo aceleradas. Se   e controle como drivers de gestão e cultura já se mostravam – pré-pandemia- pouco eficazes para o engajamento das pessoas, bem como performance superior e geração de inovação, agora têm se mostrado verdadeiras barreiras para a evolução e boa performance de muitas organizações”. 

O especialista ainda ressalta a importância de uma transição cultural nessa direção, “é necessário atuar simultaneamente com as pessoas, em especial as lideranças, e também criar infraestrutura para suportar e sustentar este novo modelo mental. Artefatos culturais, tais como acordos, rituais e processos, são fundamentais para estimular e incentivar novos comportamentos.

Entretanto, para que a infraestrutura organizacional funcione a favor da transição cultural, é fundamental ter líderes como verdadeiros patrocinadores influenciando a cultura nesta nova direção. Para que isso aconteça, antes é preciso quebrar crenças e paradigmas antigos para que novos possam se formar e sustentar uma nova visão sobre gestão, cultura e as relações. É preciso verdadeiramente acreditar que a confiança gera mais resultados e deixar que sistema de gestão e cultura determinem novos comportamentos.

Cada artefato cultural pode carregar mensagens de confiança ou desconfiança e é impressionante como isso é determinístico. Líderes acabam influenciando e criando espelhamento nas pessoas com a sua maneira de agir, por isso precisam também ‘viver e ser’ a cultura que se deseja. A perspectiva positiva é, certamente, a de abreviar essa ponte para um novo jeito de trabalhare de enxergar o trabalho e as relações”.

Este é um novo momento. O ideal é que as empresas olhem parao novo. O  ponto chave para todos está na quebra dos paradigmas que geram inúmeras travas. É muito fácil fazer o modelo de home office funcionar com produtividade e boa performance quando há confiança como ingrediente essencial na cultura das organizações.