ABF apresenta desempenho do franchising no 1º tri de 2021

Setor busca minimizar os impactos da crise econômica. No entanto, há segmentos, como o de Casa e Construção que apresentou crescimento de cerca 36%; Saúde, Beleza e Bem-estar, com 12,7%. Além disso, cresceu o número de unidades de franquia home based, que passaram a representar mais de 10% do total.

A Pesquisa de Desempenho do setor de franquias no primeiro trimestre deste ano realizada pela ABF – Associação Brasileira de Franchising revela que o setor continua buscando alternativas para minimizar os impactos da pandemia e voltar a crescer em 2021. De janeiro a março, comparado a igual período de 2020, o faturamento recuou 4%, passando de R$ 41.537 bilhões para R$ 39.881 bilhões.

Analisando o intervalo de 12 meses – período integralmente impactado pela pandemia -, o setor registrou uma queda de 11,4% em sua receita. Os dados indicam que os reflexos econômicos e sociais permanecem na medida em que a pandemia ainda atinge fortemente o País, impondo restrições à circulação de pessoas e ao funcionamento dos shoppings e do comércio não essencial. O ambiente instável, a queda dos índices de confiança do empresariado e dos consumidores e a vacinação em ritmo insuficiente também são fatores que concorreram para este resultado.
Para André Friedheim, presidente da ABF, “assim como os demais setores da economia, o franchising continua sentindo os impactos da pandemia, porém, estruturado e resistente como é, luta bravamente para amenizar as perdas. É preciso que a vacinação em massa da população acelere para que não sejam necessárias novas medidas restritivas que dificultem o funcionamento dos negócios. Além disso, é preciso também que sejam mantidas e ampliadas as políticas de crédito às empresas em geral, mas especialmente às micro e pequenas, que são as que mais geram emprego e renda no País, além das políticas sociais, como a concessão do Auxílio Emergencial, as reformas estruturais entre outras ações que estimulem a economia e promovam o crescimento sustentável do Brasil”.
A ABF também não mediu esforços nos últimos 12 meses para minimizar os impactos da pandemia sobre o setor: firmou dois convênios com a CAIXA para linhas de crédito e condições especiais em produtos; auxiliou redes e seus franqueados no acesso ao PRONAMPE; contratou parecer jurídico referente a não aplicabilidade do IGP-M no reajuste dos aluguéis; combateu aumentos súbitos de impostos; digitalizou a quase totalidade de suas atividades; adaptou sua agenda de capacitação para temas urgentes relativos à pandemia, além de manter intensa articulação em várias esferas do poder público no sentido de promover um melhor ambiente de negócios no Brasil e buscar mecanismos de mitigação das políticas de distanciamento social.
Expansão ganha mais ritmo
De acordo com a pesquisa, as redes de franquia continuaram expandindo, mesmo com o cenário não tão favorável. No primeiro trimestre de 2021, foram abertas 3,3% mais unidades – contra 2,3% no mesmo período do ano passado – e fechadas 1,4%, resultando num saldo positivo de 1,9%. No 1º TRI de 2020, o saldo havia sido de 1,0%. Já os repasses se mantiveram praticamente estáveis, passando de 0,6% das operações em 2020 para 0,5% em 2021.
“Atribuímos este quadro ao maior otimismo dos empreendedores e redes no último trimestre de 2020 – o que se traduziu em inaugurações no primeiro trimestre – e a falta de perspectivas no mercado de trabalho, o que leva muitos profissionais a empreender. O juro básico da economia em níveis historicamente baixos também é fator muito importante, que leva investidores a buscarem taxas de retorno mais interessantes na economia real”, explica André Friedheim.
O Portal do Franchising, principal canal digital de franquias no Brasil, registrou dados interessantes em relação a este movimento. Mais jovens entre 18 e 24 anos estão se interessando pelo setor, tanto que o volume de buscas por parte desta faixa saltou de 10,2% para 21,3%, ou seja, mais que dobraram as buscas desse público entre janeiro de 2019 a março de 2020, e deste mesmo mês e ano a maio de 2021. Por outro lado, potenciais investidores mais maduros, com mais de 65 anos, também realizaram mais buscas por franquias no Portal, passando de 3,1% para 4,7% em igual período, com uma variação de 52,5%. Outro dado importante é que cresceu o número de cadastros de empreendedores interessados em franquias com investimento entre R﹩ 100 e R﹩ 200 mil, que agora representam cerca de 16% dos cadastrados.
Segmentos mantêm crescimento
Alguns segmentos permanecem em alta na pandemia, é o que indica a pesquisa. No trimestre, Casa e Construção continuou crescendo muito acima da média. O segmento registrou uma alta de 36,5%, beneficiado por fatores como a maior demanda por reparos, manutenções e reformas, com a permanência das famílias em casa e o aumento do trabalho em home office e aulas a distância. A seguir destacaram-se Saúde, Beleza e Bem-Estar (+12,7%) e Limpeza e Conservação (+6,6%), favorecidos, por exemplo, por suas operações realizarem atividades consideradas essenciais, pela maior procura do público por procedimentos estéticos e de sanitização de ambientes, respectivamente. Serviços e Outros Negócios (+6,1) também experimentou aumento de movimentação, alavancado pelas áreas de meios de pagamento e serviços digitais. Impactados pelas medidas restritivas, os segmentos de Hotelaria e Turismo e Entretenimento e Lazer continuam sendo os mais atingidos.
Cresce Home Based
Apesar do cenário ainda desafiador, o setor de franquias tem evidenciado seus pontos fortes. A diversidade de modelos de negócios possibilita que as franquias se adaptem à realidade econômica do país. Nesse sentido, o estudo da ABF apontou um crescimento expressivo das unidades Home Based (enxutas, que dispensam ponto comercial), subindo sua participação de 7,1% para 10,3%. A localização das unidades de franquias em espaços não tradicionais é uma tendência em alta também indicada na pesquisa. O item “Outros”, que reúne pontos dentro de empresas, prédios corporativos e residenciais, e postos de combustíveis, por exemplo, tiveram um crescimento de 3,1% para 8,2% no período analisado.
“Vínhamos acompanhando este movimento há algum tempo, mas agora nossos números o evidenciaram com mais força. De fato, as franquias home based são opção de renda com menor investimento inicial e que não são tão atingidas pelas políticas de distanciamento social. Depois desta experiencia concentrada, este nicho tem tudo para continuar crescendo, embalado também nos serviços digitais ainda mais variados e amplos que apareceram durante a pandemia”, afirma o presidente da ABF. O ambiente instável, a queda dos índices de confiança do empresariado e dos consumidores e a vacinação em ritmo insuficiente também são fatores que concorreram para este resultado.

Para André Friedheim, presidente da ABF, “assim como os demais setores da economia, o franchising continua sentindo os impactos da pandemia, porém, estruturado e resistente como é, luta bravamente para amenizar as perdas. É preciso que a vacinação em massa da população acelere para que não sejam necessárias novas medidas restritivas que dificultem o funcionamento dos negócios. Além disso, é preciso também que sejam mantidas e ampliadas as políticas de crédito às empresas em geral, mas especialmente às micro e pequenas, que são as que mais geram emprego e renda no País, além das políticas sociais, como a concessão do Auxílio Emergencial, as reformas estruturais entre outras ações que estimulem a economia e promovam o crescimento sustentável do Brasil”.

A ABF também não mediu esforços nos últimos 12 meses para minimizar os impactos da pandemia sobre o setor: firmou dois convênios com a CAIXA para linhas de crédito e condições especiais em produtos; auxiliou redes e seus franqueados no acesso ao PRONAMPE; contratou parecer jurídico referente a não aplicabilidade do IGP-M no reajuste dos aluguéis; combateu aumentos súbitos de impostos; digitalizou a quase totalidade de suas atividades; adaptou sua agenda de capacitação para temas urgentes relativos à pandemia, além de manter intensa articulação em várias esferas do poder público no sentido de promover um melhor ambiente de negócios no Brasil e buscar mecanismos de mitigação das políticas de distanciamento social.

Expansão ganha mais ritmo

De acordo com a pesquisa, as redes de franquia continuaram expandindo, mesmo com o cenário não tão favorável. No primeiro trimestre de 2021, foram abertas 3,3% mais unidades – contra 2,3% no mesmo período do ano passado – e fechadas 1,4%, resultando num saldo positivo de 1,9%. No 1º TRI de 2020, o saldo havia sido de 1,0%. Já os repasses se mantiveram praticamente estáveis, passando de 0,6% das operações em 2020 para 0,5% em 2021.
“Atribuímos este quadro ao maior otimismo dos empreendedores e redes no último trimestre de 2020 – o que se traduziu em inaugurações no primeiro trimestre – e a falta de perspectivas no mercado de trabalho, o que leva muitos profissionais a empreender. O juro básico da economia em níveis historicamente baixos também é fator muito importante, que leva investidores a buscarem taxas de retorno mais interessantes na economia real”, explica André Friedheim.

Segmentos mantêm crescimento

Alguns segmentos permanecem em alta na pandemia, é o que indica a pesquisa. No trimestre, Casa e Construção continuou crescendo muito acima da média. O segmento registrou uma alta de 36,5%, beneficiado por fatores como a maior demanda por reparos, manutenções e reformas, com a permanência das famílias em casa e o aumento do trabalho em home office e aulas a distância. A seguir destacaram-se Saúde, Beleza e Bem-Estar (+12,7%) e Limpeza e Conservação (+6,6%), favorecidos, por exemplo, por suas operações realizarem atividades consideradas essenciais, pela maior procura do público por procedimentos estéticos e de sanitização de ambientes, respectivamente. Serviços e Outros Negócios (+6,1) também experimentou aumento de movimentação, alavancado pelas áreas de meios de pagamento e serviços digitais. Impactados pelas medidas restritivas, os segmentos de Hotelaria e Turismo e Entretenimento e Lazer continuam sendo os mais atingidos.

Cresce Home Based
Apesar do cenário ainda desafiador, o setor de franquias tem evidenciado seus pontos fortes. A diversidade de modelos de negócios possibilita que as franquias se adaptem à realidade econômica do país. Nesse sentido, o estudo da ABF apontou um crescimento expressivo das unidades Home Based (enxutas, que dispensam ponto comercial), subindo sua participação de 7,1% para 10,3%. A localização das unidades de franquias em espaços não tradicionais é uma tendência em alta também indicada na pesquisa. O item “Outros”, que reúne pontos dentro de empresas, prédios corporativos e residenciais, e postos de combustíveis, por exemplo, tiveram um crescimento de 3,1% para 8,2% no período analisado.
“Vínhamos acompanhando este movimento há algum tempo, mas agora nossos números o evidenciaram com mais força. De fato, as franquias home based são opção de renda com menor investimento inicial e que não são tão atingidas pelas políticas de distanciamento social. Depois desta experiencia concentrada, este nicho tem tudo para continuar crescendo, embalado também nos serviços digitais ainda mais variados e amplos que apareceram durante a pandemia”, afirma o presidente da ABF.

Estratégias para contornar os efeitos da pandemia
Muitas redes implantaram estratégias e colocaram em prática diversas ações para contornar os efeitos da pandemia. O levantamento da ABF indicou que as mais adotadas foram: Unidades operando apenas com entregas e Orientações e treinamentos sobre a Covid-19 (94%); Entrega de serviços online (92%); E-commerce e vendas online (88%) e Formação de comitê de crise (85%). “A quase totalidade das redes está agindo, mostrando o dinamismo do setor e sua rápida capacidade de reação e adaptação à realidade. Notamos também que ações de implantação imediata como Suspensão de Royalties e Fundo de Marketing não são mais relevantes após um ano de pandemia, o que dá espaço para ações estruturadas como desenvolvimento de produtos, novos canais de comercialização e inovação. Vamos sair desta crise ainda mais maduros, com redes fortificadas e mais digitais”, conclui Friedheim.