7 ideias de negócio para começar a empreender com R$ 500

É possível iniciar um negócio próprio com pouco investimento inicial, mas é preciso ter uma boa estratégia para selecionar e deslanchar o empreendimento

Montar um negócio é cada vez mais visto como opção de carreira, seja buscando um alívio ao desemprego ou um complemento à renda principal. Cerca de 52 milhões de brasileiros estão à frente de um empreendimento ou possuem tal sonho. E boa parte deles não acumulou grandes quantias para começar a empreender.

Segundo especialistas, é possível iniciar um negócio próprio com pouco investimento inicial. Mas é preciso ter uma boa estratégia para selecionar e deslanchar o empreendimento.

“É totalmente plausível e viável começar com pouco investimento, na fase do mínimo produto viável. Quanto menos você gastar no processo inicial para obter os primeiros retornos dos seus clientes, melhor”, afirma Rafael Ribeiro, diretor executivo da Associação Brasileira de Startups.

Pouco investimento não significa pouco esforço, porém. O que você não gastou em capital será direcionado para entender bem o perfil do seu cliente, onde ele está e por qual canal é mais fácil encontrá-lo. “Você não terá dinheiro para atrair diversos públicos, então foque mais em para quem vender. Você pode investir em menos anúncios, mas eles deverão ter maior taxa de sucesso”, recomenda Alfredo Soares, diretor da plataforma de e-commerces Loja Integrada.

Por fim, atente-se a um erro comum de quem começa um empreendimento com poucos recursos: misturar gastos e ganhos empresariais com pessoais. “Tenha uma conta bancária separada e pratique um controle constante. Se você usa energia elétrica e equipamentos que já têm em casa para o negócio, coloque-os na conta da empresa”, completa Alessandra Andrade, coordenadora do FAAP Business Hub.

Está disposto a encarar o desafio? Veja, a seguir, sete ideias de negócio indicadas pelos especialistas para começar a empreender com 500 reais:

1 — Aulas particulares

Você tem conhecimento em alguma área? Anos tocando violão, um certificado na língua inglesa ou uma graduação em matemática podem se transformar em um negócio de aulas particulares. 

Além de atividades culturais ou reforços escolares, outros tipos de aula que estão em alta são as de bem-estar e saúde. Seus recursos podem ser usados na aprendizagem de ioga ou pilates, por exemplo. 

Todas essas atividades podem ser feitas na casa do cliente ou em espaços públicos. Isso anula os custos fixos de um espaço próprio, como aluguel e contas de água e energia.

2 — Atender empresas

Se você quer abrir um negócio inovador e escalável, também conhecido como startup, apostar na frente de atendimento a empresas pode ser uma forma de começar com menos capital.

Isso porque um mínimo produto viável voltado ao consumidor precisará de muitos testes para provar se realmente as pessoas o comprariam. No caso das empresas, poucos contatos já podem gerar uma venda significativa para manter seu negócio até o próximo contrato. É o caso, por exemplo, de softwares para escritórios de advocacia ou para escolas.

3 — Beleza a domicílio

Para alguns serviços de estética, é preciso investir apenas em capacitação, equipamentos simples (macas, toalhas e pinças, por exemplo) e produtos adequados.

Na própria residência, é possível criar um negócio de estética facial, manicure e cortes e tratamentos para o cabelo. Nesse caso, invista na criação de um processo de atendimento único e de uma estratégia de indicação boca a boca. Será preciso para bater negócios maiores, com pontos comerciais que atraem quem passa pelo local.

4 — Brigadeiros e marmitas

O setor de alimentação é uma opção tradicional para quem quer empreender com pouco investimento e trabalhando de casa. 

É possível anunciar e vender através de apps como Instagram e WhatsApp, canais gratuitos de comunicação e divulgação. Com isso, seu dinheiro pode ser investido na criação da marca, na divulgação em locais de interesse e no primeiro estoque de ingredientes. Alguns exemplos de negócios em alimentação são marcas que vendem marmitas e quitutes de festa, como o brigadeiro. As “marmitarias” foram o tipo de negócio mais buscado no último ano.

Porém, não é tão fácil quanto parece. A data de validade é um desafio para empreendedores do ramo. É preciso vender depressa e se preocupar com questões de higiene e vigilância sanitária.

5 — Loja virtual sem estoque

Montar um comércio eletrônico pode sair caro, mas algumas estratégias podem reduzir esses custos e fazer uma loja virtual sair pelos seus 500 reais. 

Primeiro, aposte em plataformas prontas de e-commerce ou em marketplaces, como o da gigante Mercado Livre. Sua loja virtual será menos personalizável, mas você poupará custos advindos de um desenvolvimento de site próprio.

Outra forma de poupar custos é não acumular estoque em suas prateleiras. No modelo drop shipping, você realiza a encomenda com o fornecedor apenas quando a venda for fechada. 

Dessa forma, seus 500 reais podem ser direcionados para montar uma pequena loja, investir em marketing em buscadores ou redes sociais e operar a manutenção do e-commerce até ele se sustentar com as encomendas.

6 — Organização de closet e de compras

As pessoas têm cada vez menos tempo para cuidar de sua residência ou pesquisar onde estão as melhores ofertas — o que pode se tornar uma oportunidade de negócio. 

Os treinadores pessoais (ou personal trainers) de academia já são bem conhecidos, mas outros guias estão surgindo em outros setores. É o caso do personal organizer, que realiza arrumações em residências com foco na facilidade de gerir a organização, e o personal shopper, que realiza as melhores compras para seus clientes. 

Seus 500 reais serão usados para um primeiro curso na área de escolha e na montagem de uma estratégia de divulgação. Essa publicidade pode ser um site próprio; postagens em redes sociais e fóruns especializados; ou participações em eventos que podem gerar clientes potenciais, por exemplo.

7 — Serviços digitais

Ter uma loja virtual não é a única maneira de criar um empreendimento remoto. Você também pode promover sua marca pessoal e oferecer serviços digitais, desde criação de logomarcas e sites até gestão de redes sociais e criação de conteúdos otimizados para a internet. 

Assim como no caso do personal organizer e do personal shopper, seus 500 reais serão usados em capacitação e promoção.