#Sustentabilidade: O mundo será diferente!

Hoje, nosso último post da série: 

VIAGENS A NEGÓCIOS PERDERÃO SEU ENCANTO

A humanidade nunca voou tanto nos anos que antecederam a 2020, mas o clima do planeta não aguentou. Os ajustes anunciados pelo setor aéreo – combustível de aviação sustentável e aviões elétricos(você voaria em um?) – como uma resposta às mudanças climáticas nunca decolaram para uso em escala.

Os 12% dos americanos que fizeram mais de seis viagens por ano representaram dois terços das viagens aéreas globais (e cada um deles emitiu, em média, três toneladas de carbono por ano). A verdade inconveniente era que jogar toneladas de carbono no céu não era algo que poderia durar para sempre. O vírus transmitiu uma mensagem cósmica de que nosso comportamento de viagem precisava mudar, e, num piscar de olhos, as viagens de negócios passaram de atividades de alto status (“Você foi a Sydney para uma conferência? Oh, que maravilha!”) a um constrangimento (“Você foi a Sydney para uma conferência? Como você pôde?”).

O hiato pós-vírus nos forçou a reexaminar nossos hábitos de vôo – era essencial voar pela metade do mundo para a reunião de dois dias? “Todos nós consideramos o contato pessoal”, mas as plataformas de comunicação como Slack, Zoom ou Trello quebraram o controle corporativo que a experiência presencial já teve.

LEMBRE-SE, ESTAMOS EM 2025

Se o surto e a propagação do vírus nos ensinaram alguma coisa foi o quão verdadeiramente e indissociavelmente interconectados e interdependentes somos – biologicamente, economicamente e ambientalmente. Mesmo agora, todos esses anos depois, ainda não podemos medir o tamanho das consequências socioeconômicas da pandemia.

Os trilhões de dólares são fáceis de contar,mas e os intangíveis? As oportunidades de carreira prejudicadas de um jovem? Tratar angústia psicológica? Talvez o mais importante historicamente falando tenha sido como a desaceleração econômica prolongada de 2020-2022 interrompeu o relógio de nossos negócios frenéticos, como de costume, e nos permitiu dar um passo para trás, respirar fundo e começar a recalibrar como vivemos em nosso planeta azul. Muito azul, na verdade, na esteira da crise. Naquele momento de pausa, ficou óbvio para todos, menos para os mais míopes, que o vírus era um grito de socorro de um ecossistema que gemia sob o peso de expandir de 1,8 para 7,7 bilhões de pessoas em menos de 100 anos.